Está no Diário do Amazonas (02/01/12), a ALE gastou mais de R$ 1,8 milhões em bolsa de estudo com funcionários. Olha o tamanho da grana.
Sempre acreditei que a especialização, o estudo é a mola propulsora do desenvolvimento social-econômico de lugar, de um Estado, de um País.
Mas acreditar que este dinheiro gasto é para a melhoria na qualidade do serviço da Assembléia Legislativa é demais. Primeiro, vamos aos números:
- 71% das bolsas são para cargos comissionados ( pessoas que vão sair ,se o Deputado não for releito)
- São 278 bolsas para comissionados contra 81 efetivos; veja a discrepâncias dos números.
Como hoje há cursos de 2 a 3 anos, podemos ter pessoas “qualificadas” antes do fim do mandato e ainda subir no plano de cargos de salários da casa e onerar, ainda mais, a folha de pagamento, pois o mesmo está graduado, e daqui a dois anos pode sair, levando consigo a especialização, e o povo que pagou a bolsa fica a ver navios. Ser deputado é ótimo para alguns.
A ALE não sabe o que fazer com tanto recursos que tem, através dos repasses do governo (3 a 5% do orçamento estadual), e só para não devolver (o que na visão deles é uma vergonha, devolver dinheiro!) ficam inventando coisas para o “servidor legislativo”.Exemplo da universidade, creches, aumento do valor do ticket alimentação e etc. E sabendo que o Governo bate recordes de arrecadação ano a ano, não duvido, daqui alguns anos termos um clinica estética para a ALE.
Vocês viram no Fantástico (01/01/12), os Japoneses devolveram US$ 180 milhões para a Cruz Vermelha, pois não precisavam de tanto recursos. Quanto inveja deles.
Na Prefeitura de Manaus, a Fundação Escola do Servidor, abriu vagas para um curso de chefia e liderança, mas tinha a observação, só podiam participar gestores em cargo de chefia e direção. Ora, sabemos que 90% dos gestores são comissionados temporários e saíram depois, e aí? O conhecimento se vai.
Mais uma vez, não contra a especialização do servidor público, mas pelo menos, treine, capacite e especialize os estatutários, primeiramente, pois são eles que ficaram para a continuidade do atendimento da sociedade.
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